Foi a 23 de Junho de 2008, no Salão Nobre da Assembleia, a nova colecção de selos dos CTT dedicada ao Ano Polar Internacional 2007-08. Esta série foi desenhada por Nuno Farinha, e a temática, proposta pelo Comité Português para o API, centra-se nas aves polares que visitam a costa portuguesa.
A sessão contou com intervenções do Prof. Luís Mendes-Victor, Presidente do Comité Português para o API, do Dr. Pedro Coelho, Vice-Presidente dos CTT, e do Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da Republica.
Portugal foi um país pioneiro na exploração dos oceanos das altas latitudes, com navegadores como João Vaz Corte-Real que descobriu a Terra Nova e a Península do Labrador, ou Fernão de Magalhães que navegou nas águas austrais, descobrindo a Terra do Fogo, no sul da Argentina e do Chile.
Depois de cerca de 500 anos afastado das regiões polares, Portugal renovou o seu interesse nas altas latitudes através de uma forte participação no Ano Polar Internacional 2007-08. Foi fundado o Programa Polar Português e criado um ambicioso projecto educativo que visa aproximar a ciência polar da sociedade.
Mas por que razão Portugal se deve preocupar com as regiões polares? Esta é uma pergunta recorrente, e com respostas simples: os fenómenos que ocorrem nessas regiões tão distantes, têm repercussões à escala do globo e também em Portugal. Exemplos clássicos são a fusão dos gelos polares e os seus efeitos nas alterações climáticas, bem como na subida do nível médio do mar.
Contudo, poucos são aqueles que sabem que algumas das aves que frequentam a costa portuguesa nos chegam das regiões polares. Incansáveis viajantes, deslocam-se, sazonalmente, milhares de quilómetros, desde o Árctico e o Antárctico, de modo a beneficiarem das condições temperadas do litoral português.
A presente edição de selos pretende dar a conhecer algumas destas aves, com as quais frequentemente nos cruzamos, sem que nos apercebamos de onde vieram. A Gaivina-do-Árctico (Sterna paradisaea) cujas longas migrações ligam o Árctico à Antárctida, passando pelas águas portuguesas, é, sem dúvida, a espécie mais emblemática. Uma ave muito comum no litoral português, o Pilrito-das-praias (Calidris alba), nidifica no Alto Árctico, em terras tão distantes como a Gronelândia, a Sibéria ou a ilha de Ellesmere. Já o Paínho-casquilho (Oceanites oceanicus) é, por excelência, o representante da Antárctida, nidificando nas ilhas daquele continente gelado. Finalmente, aparece a Torda-mergulheira (Alca torda), que nidifica nas arribas do Árctico e inverna nas nossas costas. Esta espécie, que mergulha para obter alimento, acaba, muitas vezes, por se enredar nas artes dos pescadores, aparecendo sem vida em quantidades apreciáveis nas praias portuguesas.
Adicionalmente ao conjunto dos selos, uma pagela representa alguns dos seres vivos mais representativos do sensível ecossistema árctico. A região boreal é uma das mais afectadas pelas alterações climáticas, em particular devido à acentuada fusão estival do gelo marinho, que está a pôr em risco a sobrevivência de espécies como o urso-polar (Ursus maritimus).
Gonçalo Vieira coordenou através do Comité Português para o API o lançamento desta colecção.
Add Comment O Fim-de-semana da Ciência Polar, iniciativa promovida pelo projecto LATITUDE60! e pelo Comité Português para o Ano Polar Internacional e que decorreu a 31 de Maio e 1 de Junho de 2008 no Pavilhão do Conhecimento, foi um grande sucesso! A new area of the IGLO Toolkit has been created that is dedicated to the March 13, 2008 IPY-IGLO Interactive Videoconference. This section will feature presentations, images, media, and other informational resources created and used by each of the seven “active” sites participating in this event. We’ve also compiled biographical information and presentation abstracts for the contributing scientists and students, which can be used as a resource when searching for experts in polar research. Expedição Students on Ice Portugal participa pela primeira vez no Ano Polar Internacional, iniciativa que visa o desenvolvimento da pesquisa científica, bem como a promoção da educação da população mundial, relativamente às regiões polares. O grupo de 7 estudantes e 1 tutora do projecto LATITUDE60! que conta com a participação do GIPCA, partiu para a Antárctida no dia 25 de Dezmebro passado. Os estudantes vão integrar a expedição canadiana Students-on-ice, que irá visitar a região da Península Antárctica e ter várias palestras a bordo. GIPCA deu formacao aos estudantes portugueses que vao a Antarctida na expedicao Students on Ice11/26/2007 O GIPCA colabora no projecto LATITUDE60! e colaborou nas ultimas semanas nas acções de formação aos estudantes portugueses premiados no concurso "Á descoberta das regiões polares" e que vão à Antárctida no próximo mês de Dezembro, integrados na expedição canadiana Students-on-ice. Alexandre Trindade e Catarina Figueira (Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva) realizaram uma acção de formação junto dos 7 alunos que vão à Antárctida, inseridos nos Projectos Latitude60! e Students On Ice. Esta sessão também contou com a presença de José Xavier. Gonçalo Vieira esteve no dia 22 de Outubro de 2007 na Escola Secundária da Quinta do Marquês em Oeiras para mais uma sessão de divulgação científica integrada no Ano Polar Internacional e no projecto LATITUDE60! Os estudantes desta escola estão activamente envolvidos no projecto e a sessão foi muito interessante, com os estudantes a porem muitas questões. Gonçalo Vieira deu uma palestra no dia 18/10/07 na Biblioteca da Câmara Municipal de Palmela sobre a Criosfera e Variações Climáticas . A audiência foram estudantes e professores das escolas secundárias de Palmela e Pinhal Novo. |